PRERROGATIVAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA!

    A Comissão de Saúde (CS) da OAB/MT e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Crea/MT) e de Farmácia (CRF) estiveram na tarde desta quinta-feira (13 de novembro) na Farmácia de Demanda Especializada de Cuiabá (mais conhecida como de Alto Custo) para uma inspeção em todo o local. A iniciativa foi tomada após a Ordem e o Ministério Público Estadual terem recebido inúmeras denúncias sobre a falta de servidores, de ingerência e, o principal, de medicamentos. Participaram da ação o presidente da CS, Fábio Capilé, e os membros Péricles Renato Campos dos Santos e Joeli Mariana Castelli, além da equipe técnica do Crea/MT e do CRF e de uma emissora de televisão.

 

    “Temos recebido uma série de denúncias acerca do mau atendimento, da falta constante de remédios aqui na farmácia e de irregularidades procedimentais. Por isso, resolvemos fazer essa inspeção surpresa para verificar a procedência dos reclamos dos usuários e percebemos que todos os registros são verdadeiros. Além disso, também foi possível verificar que a gestora não se encontrava no local e que, quando chegou, impediu de forma agressiva que os servidores da farmácia se manifestassem e, o que é pior, não colaborou com nosso trabalho prestando informações que necessitávamos. Atitudes como essa são lamentáveis, pois estamos aqui para contribuir com o que for necessário em prol da sociedade e não estamos conseguindo”, disse Fábio Capilé.

 

    A cidadã Wellen Cristina de Moraes frequenta a farmácia constantemente para retirar medicamentos para sua mãe de 67 anos que sofre com a falta de ar e disse que há três meses recebe a informação de que o remédio não está disponível. Durante a inspeção, o advogado Péricles Santos conversou com outros dois usuários, os quais contaram que receberam a informação de que seus medicamentos também estavam em falta, mas a Comissão de Saúde constatou no estoque da farmácia que a informação não procede, ou seja, os remédios estavam armazenados nas prateleiras.

 

    Já a equipe técnica do Conselho Regional de Farmácia constatou que a Farmácia de Alto Custo não está registrada no respectivo conselho, nem seus farmacêuticos como responsáveis técnicos pelo local. Segundo os fiscais, uma notificação será emitida para que regularizem a situação.

 

    Por sua vez, o Crea/MT constatou irregularidades como infiltrações em diversas paredes, falta de manutenções básicas e de reparos em torneiras, fechaduras, instalações elétricas e ausências de revestimentos nas paredes do prédio, além de grandes buracos, os quais podem entrar e acumular água, formando fungos e comprometendo a utilização dos medicamentos.