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Bancada de MT será chamada para debater reforma política com entidades

30/05/2007 22:26 | Audiência Pública

    Os deputados federais e senadores eleitos por Mato Grosso deverão ser chamados pelo conjunto de entidades que participaram da audiência pública desta quarta-feira na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também por outras que não puderam comparecer nesta primeira ocasião para debater a necessidade da reforma política do Brasil. A discussão da matéria se constitui um dos passos mais importantes para ajudar no combate a corrupção que assola o Brasil. Queremos extrair da  bancada federal, em nome da sociedade mato-grossense, um compromisso firme de que defenderão em plenário, de forma aberta, clara e transparente, essa reforma disse o presidente da OAB, Francisco Faiad.

    A idéia é marcar uma audiência pública em que todos os representantes parlamentares estejam presentes para receber a proposta do conjunto de entidades. Sabemos das dificuldades de agenda para que seja compatibilizada. No entanto, acreditamos que essa mobilização seja do interesse deles próprios e haverá de acontecer um esforço nesse sentido acrescentou Faiad. A partir do posicionamento de cada um será possível informar eleitores e eleitores o que cada um pensa.

    Na reunião das entidades, nesta terça-feira, ficou evidenciado que a função parlamentar no Brasil extrapolou os limites constitucionais. Deputados federais e senadores se transformaram em verdadeiros agentes de obras e transferência de dinheiro público para estados e municípios. Aqueles que votam os interesses do Governo, são mais abençoados com verbas e promovem verdadeiro tráfico de influência nos ministérios salientou Faiad, ao defender o fim das emendas parlamentares. A principal atividade de um parlamentar é elaborar leis que garantam a distribuição das verbas publicas de forma justa e, ao mesmo tempo, defender os interesses da sociedade, de acordo com a Constituição.

 O deputado Alexandre César (PT) foi taxativo ao criticar o modelo político existente no Brasil. Segundo ele, o princípio eleitoral brasileiro preconiza a permanência no poder. Um político, ao ser eleito pela primeira vez, ele sequer se preocupa com o terno que vai tomar posse. A primeira coisa que lhe vem a cabeça é: como perpetuar-se, como manter-se no poder destacou, ao questionar conceitos da reeleição. O político pediu uma reflexão sobre o modela de fiscalização existente no Brasil e defendeu o financiamento público de campanha como forma de cortar a ligação empresarial com a política.

    César também condenou a questão das emendas parlamentares. Ele observou que alguns estados estão copiando muito mal, inclusive a participação de parlamentares com emendas ao Orçamento Geral da União. Em Mato Grosso existe um teto para deputado indicar obras aos seus municípios. Mato Grosso engatou uma marcha ré nesse sentido ilustrou. Assim como Faiad, Alexandre César considera as emendas parlamentares o instrumento que azeita a corrupção no Brasil.

    Lastreado pela observação do deputado do PT sobre a imobilidade política para votar a reforma até para manter o modelo de perpetuação no poder, o conselheiro federal Ussiel Tavares, presidente da Comissão Nacional de Combate ao Crime Organizado da Ordem dos Advogados do Brasil defendeu a necessidade de uma ampla mobilização popular com a finalidade de dar início a pressão aos políticos e ao próprio Governo para se votar a reforma política. Tavares lembrou que desde o assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, passando pelo desmonte do esquema de cooptação de poder por João Arcanjo Ribeiro, apontado como chefe do crime organizado em Mato Grosso, o Estado não parou mais de produzir escândalos, tendo participação sempre de seus representantes envolvidos nas mais variadas operações policiais. Há indignação da sociedade quanto a isso e penso que é hora de nos mobilizarmos cada vez mais convocou.

    O representante do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral, sindicalista Gilmar Brunetto, também defendeu a necessidade de mobilização popular. Ele lamentou que a indignação que tem tomado conta do Brasil por conta dos sucessivos escândalos de corrupção comece na cabeça e termina no travesseiro. Ele destacou o trabalho que o MCCE vem realizando em ajuda às investigações policiais no Estado e cobrou agilidade nos procedimentos judiciais contra políticos e autoridades do Estado.

    Na mesma linha, o representante do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso na reunião das entidades, Luís Carlos Alvarenga, disse apoiar o movimento que está nascendo no Estado. Segundo ele, a entidade está pronta a contribuir na mobilização social para fazer com que os projetos de interesse nacional possam avançar. Ao mesmo tempo, defendeu a estruturação do conjunto de sistema de fiscalização e controle externo. Como profissionais liberais, não suportamos mais pagar 146 dias de trabalho para entregar ao Governo em forma de impostos e não ter aquilo que esperamos criticou.

    Líderes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso e em Cuiabá também se manifestaram favorável a mobilização das massas e defenderam pressão aos políticos. A entidade se mostrou disposta ainda a colaborar no sistema de comunicação.


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