Dentro de 120 dias, no máximo 180, o problema da falta de juizes para atender a demanda processual em Mato Grosso já deverá estar resolvido. A promessa foi feita pelo novo corregedor-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, ao se reunir com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, Francisco Faiad, e com os prefeitos das cidades de Comodoro e de Nova Lacerda.. Perri anunciou a abertura de um novo concurso público para provimento de 38 vagas.
A idéia da direção do Judiciário no Estado, segundo o corregedor, é resolver a questão ainda deste primeiro semestre. Perri admite que há uma carência grande de magistrado, especialmente em função da expansão de comarcas e criação de novas varas, geradas pela incidência processual. Ele frisou, no entanto, que não existe má vontade por parte do Tribuna. Recentemente foi concluído um concurso público na qual apenas três candidatos foram aprovados para o exercício do cargo.
Em algumas comarcas o quadro é extremamente preocupante, segundo relatou o presidente da OAB. Em Cômodoro, onde esteve recentemente para dar posse a nova diretoria da Subseção da Ordem, se constatou que há apenas um juiz para atender a duas varas. Juntas, somam 7 mil processo. O mesmo magistrado ainda responde pelo Juizado Especial, Justiça Eleitoral, e também juiz da Infância e Adolescência. Fora isso, o magistrado ainda responde pela Comarca de Sapezal, distante 120 quilômetros.
Essa situação é humanamente impossível de se sustentar disse Faiad, acompanhado dos prefeitos Aldir Moraes, de Comodoro, e Sebastião José de Medeiros, de Nova Lacerda, que integra a comarca. Segundo ele, o quadro é parecido também na cidade de Canarana, no Vale do Araguaia, Lá não há juiz. A Comarca está sendo atendida por um juiz de Ribeirão Cascalheira.
Faiad enfatizou que a falta de magistrados acarreta uma série de complicações para a vida de uma cidade. A demora na decisão das demandas judiciais gera sentimentos de dúvidas e insegurança, além da impunidade na área criminal. Não bastasse tudo isso, gera problemas para os advogados, já que a grande maioria só recebe seus honorários ao final das sentenças disse faiad.
