O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso, Francisco Faiad, que participou das negociações para a libertação de cinco reféns durante rebelião de detentos terminada nesta terça-feira, afirmou que o presídio de Pascoal Ramos, em Cuiabá, é uma penitenciária de "segurança mínima".
Faiad criticou principalmente o ingresso na prisão de armas e aparelhos celulares e também os assassinatos que ocorrem com frequência. Ao final do motim, três armas não foram entregues. Quatro celulares e cinco carregadores que estavam com os presos foram apreendidos na revista realizada após a rebelião.
"A fragilidade (da penitenciária) é muito grande. Armas e celulares não podem entrar assim. Está sendo fácil. As revistas têm que ser mais rigorosas", observou Francisco Faiad, que integrou o comitê de negociação com os amotinados, ao lado de representantes do Ministério Público e do Judiciário local. As informações são do jornal Diário de Cuiabá.
Além de fazer a revisão dos processos de alguns dos presos, a OAB de Mato Grosso proporá a abertura uma de sindicância para apurar as denúncias de maus-tratos apresentadas pelos detentos. Segundo contaram, eles são agredidos com frequência pelos agentes e afirmaram que são trancafiados em celas isoladas sem motivo aparente.